Angelina on
Sam estacionou sua moto em uma
vaga e logo saímos da mesma. No caminho para a escola fiquei contando a ele o
que aconteceu na semana que ele não apareceu e também falei sobre o Michael e o
nosso beijo, Sam estremeceu um pouco e falou que eu tenho que ir com calma.
- Sam eu não estou entendendo. –
disse lhe entregando o capacete reseva.
- Não estou dizendo para não
ficar com ele, só para ir com calma. – respondeu tirando a sua jaqueta de couro
preta e colocando na mochila.
- Mas foi você que me incentivou,
lembra? Lá na festa na primeira semana de aula.
- Agora eu estou dizendo para ir
devagar. – revirei os olhos.
Como o Sam pede para eu fazer uma
coisa e depois muda de ideia? Eu não entendo, ele sabe que eu gosto muito do
Michael e pede agora para eu ir com calma?
- Olha que o meu gay favorito
finalmente veio! – ouvimos Taylor gritar e ela correu para perto da gente o
abraçando. Ela me olhou. – Que cara fechada é essa Angie?
- É que ela ficou com o Michael
ontem. – ela me olhou confusa.
- E você não está feliz com isso?
Você não gostava do Michael?
- Gostava e ainda gosto... e
muito. Mas é que o perito em amor me incentiva no dia da festa a me aproximar
dele e quando eu finalmente fico com o cara que gosto ele pede para ir com
calma. – respondi.
- Por que mudou de ideia? – ela
se pôs ao meu lado.
- Não é mudar de ideia, você está
solteira pela primeira vez dês do Andrew há cinco meses, e para todos os
garotos é novidade você está solteira... e cá entre nós, você ainda é virem. –
eu ia falar uma coisa, mas ele interrompeu. – Você tem que explorar as
possibilidades.
- Porque isso é a minha cara, não
é? – disse irônica. - Sério o que você não está nos dizendo?
- É uma bobagem. – Taylor bufou.
- Sam, fala logo! – ela quase
gritou.
Ele suspirou, estava demorando um
pouco para falar – Quando apertei a mão do Michael tive um pressentimento.
- Só isso? – perguntamos juntas.
-Foi ruim mesmo!
- É aquele assunto de médium ou
bruxaria de novo? – disse Tay.
- Só estou preocupado okay? Você
é a minha melhor amiga, e não vai fazer nem dezoito para eu me livrar de você.
- Serio, eu estou bem. Você sabe
que tem sido um ano difícil para mim, mas agora tudo está voltando ao normal. –
eles sorriram para mim e me abraçaram.
Tudo vai voltar a melhorar agora porque a
minha avó estar muito melhor e vai receber alta em poucos dias. Eu estou
começando a achar que as coisas estão voltando ao normal outra vez, e o Michael
faz parte disso. Eles não conhecem o Michael como eu conheço, ele é uma ótima
pessoa. Andamos até a entrada da escola, mas alguém parou em nossa frente.
Era o Michael.
- Bom dia Angie. Bom dia Tay e
Sam.
- Eu vou indo, tem teste de
futebol e eu quero me inscrever. Vejo vocês duas mais tarde. – Sam saiu sem
olhar para trás.
- Eu vou ir com ele. – Taylor
disse para mim. – Bom dia para você também Michael. – E correu atrás do melhor
amigo o chamando.
Eu fiquei olhando Michael
enquanto o mesmo olhava para a Taylor correndo ate a entrada da escola
perseguindo Sam, quando virou-se para mim corei violentamente por ter me
lembrado do dia anterior, desviei o olhar dele e olhei para o chão. Ele riu
abafado e deu um beijo em minha testa.
- Queria saber se você quer ir na
minha casa para jantar com a gente, sabe que o convite da minha mãe ainda está
de pé... e também o Sam e a Taylor vão para lá também. – ele hesitou um pouco.
- Eu acho que o Sam e seu pai não
vão com a minha cara. – revirei os olhos.
- Isso é encenação do Sam e o meu
pai só está querendo ser protetor, quando ele te conhecer ele vai te adorar. –
sorrimos.
- Então está marcado, vou jantar
na sua casa com um amigo que não gosta de mim e com um pai super protetor. –
rimos.
Então seguimos um dia de escola
normal simples, mas eu estava muito ansiosa para chegar logo de noite. Tenho
certeza que meu pai vai adorar o Michael, mesmo a gente não ser nada ainda,
infelizmente. Meu pai sempre foi muito protetor quanto o assunto é
garotos,menos com o Sam ele se acalmou bastante quando soube que ele era gay.
Quando o assunto é namorados meu pai pensa que eu tive só dois, mas eu tive
quatro por que os outros que eu tive com certeza meu pai nunca iria aprovar.
A ultima aula era de educação
física o professor dividiu a turma em meninos e meninas os meninos ficaram
jogando futebol e as garotas voleibol. Eu vão sou muito boa em esportes e não
tenho uma força muito boa então eu fico sempre sentada na arquibancada, o
melhor é que em educação física não reprova. Estava vendo o jogo dos meninos,
eu precisava ver Sam pagando mico ele não muito bom com futebol, e o nosso
professor tem um preconceito com gays e ele está tentando transformar Sam em
hetero novamente.
Sam estava no gol, em goleiro até
que ele era bom na maioria das vezes pegava as bolas, mas quando ele se jogava
no chão para se defender ele reclamava por talvez ele tenha quebrado uma unha
ou ter ralado o braço. Ele estava no time com o Calum e Ashton com mais alguns
garotos e Michael e Luke estavam no outro com outros meninos. Um garoto do time
de Michael chutou a bola com muita força que bateu na costela de Calum e o
mesmo caiu de costas com o braço atrás no chão.
Narradora on
Calum sentiu seus dedos e seu
braço quebrado, ele ainda estava caído no chão e o treinador chegou perto dele.
- Você vai sobreviver Hood? – ele
perguntou.
- Vou sim, senhor. – o professor
saiu de perto e Calum se levantou.
Ele sentiu mesmo o seu braço
quebrado e seus dedos ele colocou seus ossos no lugar e voltou a correr atrás
da bola. Angelina estava vendo tudo, mas não percebeu que o braço do garoto
estava quebrado. Michael sabia o que ele é e o mesmo sabia o que Michael é, e
os dois sabiam o que Angelina é. Michael pensava que Calum também estava ao
lado de lúcifer, por isso não tentou nada com ele.
O professor deu tempo para todos
irem no banheiro ou beberem água. Calum ainda sentia a dor que sentia há um mês
ele entrou em um banheiro onde não tinha ninguém e tirou a sua blusa olhando-se
no espelho podendo ver o corte feito por três garras em seu abdômen que estava
vermelho por causa da bolada que levou.
Angelina estava indo para o
banheiro feminino quando viu o garoto no masculino e logo viu a ferida que
estava em seu abdômen e se assustou com o tamanho dela. Se lembrava de ter
visto ela em algum lugar, mas deixou para lá quando se lembrou que ele tinha
levado uma bolada no abdômen e o ferimento ficou muito vermelho, então decidiu
entrar.
- Calum?! – ela entrou no
banheiro.
- Angelina?! – ele se assustou
com a garota. – O que você está fazendo no banheiro masculino?
- Qual é Calum? Banheiro é
banheiro não tem diferença. – ela disse se aproximando do garoto. – O que
aconteceu com você? Que cortes foram esses?
- Nossa, o Mike não mentiu mesmo
dizendo que você é muito curiosa. – ela arregalou os olhos e sorriu boba.
- O Michael fala de mim? – Calum
sorriu da cara dela, a mesma logo voltou a realidade. – Quero dizer, dá pra
você falar o que aconteceu com você?
- Não posso, é pessoal. – ele
falou colocando a sua camisa de volta. – Me desculpe, eu queria contar pra você
porque sei que você guarda segredo... mas não posso. – e saiu.
Calum correu de volta para o campo
e encontrou Luke, percebeu que ele estava procurando alguém então resolveu
perguntar.
- Procurando o amor da sua vida
Luke? – debochou do garoto e o mesmo riu sarcástico.
- Eu estou procurando a Angelina
se você quer saber. – Calum fez cara de confuso.
- Você não está afim da Taylor?
- Claro que estou, mas a Angelina
é minha amiga... não posso ficar falando com ela? – Luke começou a andar até o
campo enquanto Calum o olhava desconfiado.
A verdade é que desde que a
Angelina fez dezesseis anos Luke viu a garota com outros olhos também. Ele
percebeu que a garota estava mais bonita, com mais corpo e começou a sentir
algo diferente. Mas ele escolheria a Taylor, sempre vai ser a Taylor. Ele viu
Angelina andando em direção a quadra e olhou para dentro e viu Taylor jogando
vôlei com algumas meninas.
- Hemmings, presta atenção na bola.
– o professor chamou a atenção do garoto e o mesmo voltou a correr pelo campo.
Michael prestava atenção por onde
Luke olhava e começou a sentir um aperto em seu peito e sabia exatamente o que
estava sentindo, e só sentia isso por uma única garota. E ele não pode deixar
Luke chegar perto dela, nunca.
Angelina on
Sai do banheiro já de banho
tomado e estava indo para casa junto com o Sam, Taylor iria chegar mais tarde
ela vai resolver uns problemas de família. O meu melhor amigo surtou quando
soube que eu tinha convidado o Michael para jantar com a gente e eu expliquei
que minha mãe tinha chamado antes, mas ele não acreditou.
Estávamos arrumando a mesa,
quando meus pais chegaram, meu pai subiu para o seu escritório e minha mãe
entrou na cozinha com as compras e nos cumprimentou. Enquanto eu fazia a
sobremesa minha mãe e Sam ficavam conversando e rindo, eles sempre se deram
muito bem a minha mãe ficou um pouco decepcionada quando soube que ele é gay.
- Eu estou muito feliz que você e
a Taylor vão jantar conosco hoje a noite, você sabe que eu adoro a presença de
vocês. – dizia minha mãe com um sorriso enorme no rosto.
- Também gostamos muito de ficar
aqui, Katherine. – Sam respondeu sorrindo também. – Katherine, você acha certo
a sua filha chamar um garoto, hetero, para jantar com a gente sem pedir a sua
permissão? – ele me olhou com um sorriso debochado esperando a minha mãe
concordar com ele.
- Está falando do Michael
Clifford? – ela perguntou e o mesmo murmurou um “uhum” – Tudo bem ele vir, eu o
convidei para o jantar de ontem mas ainda bem que ele vai vir hoje. Ele também
é outra ótima companhia para a Angie. – Sam fechou a cara para ela o que me fez
rir da cara dele. – E finalmente ela tem um homem como amigo. – ela me lançou
um olhar malicioso. - Não é, Angelina?
Não é a primeira vez que minha
mãe fala sobre garotos, ela sempre gosta quando tenho um garoto como amigo, mas
ela sempre pensa que um dia vamos namorar e ela sempre tem razão sobre isso.
Mas não acho que com o Michael vá ser a mesma coisa, tudo bem que nos beijamos
no dia anterior, mas não acho que ele sinta alguma coisa por mim... mas foi ele
que me puxou e me beijou... é melhor eu não criar muitas esperanças sobre isso,
mas eu gosto mesmo muito dele.
- Era para eu ficar ofendido com
a palavra “homem”? – Sam perguntou para minha mãe. – Porque não deu certo.
- O Clifford vem para jantar? –
meu pai falou entrando na cozinha.
- Pai, o senhor não o conhece
muito bem para chama-lo pelo segundo nome. – disse assim que ele deu-me um
beijo na testa. – E sim, ele vem para cá para jantar... o senhor também o
convidou ontem, não se lembra?
- Ontem foi ontem, hoje é hoje.
Você sabe que eu mudo de opinião muito rápido. – ele tentou pegar um pouco da
sobremesa que estava fazendo, mas eu não deixei e bati em sua mão.
- Mas eu não mudo querido,
querido. – minha mãe disse e meu pai também fechou a cara para ela.
Alguns minutos depois a campainha
tocou e minha mãe foi atender ela voltou com um sorriso enorme no rosto e atrás
dela estava Michael, ele chegou bastante cedo, Sam hesitou-se assim que o viu
então pediu para ele terminar de fazer a sobremesa e eu ir falar com o Michael.
Ele estava com a mesma roupa que foi para a escola, mas ele estava com um
casaco de couro preto agora.
- Oi Michael. – o abracei. – Você
chegou cedo.
- É, eu queria passar mais tempo
com você. – eu corei violentamente e nos separamos do abraço.
- Mas tempo é o que resta nesse
mundo. – disse meu pai se aproximando de nós. – Olá Clifford.
- Olá senhor Agnes, boa noite. –
meu pai balançou a cabeça como comprimento e saiu da cozinha.
- Se prepare o meu pai vai fazer
varias perguntas sobre a sua vida durante o jantar, por isso que irá ter
sobremesa meu pai fica muito concentrado em coisas doces e quando ele acaba vai
logo dormir... isso é só para você ter um pouquinho de paz e sem perguntas.
- Não tudo bem ele fazer isso, é
assim que pais protetores fazem não é? – ele deu de ombros sorrindo.
- Nunca me disse que ele tinha um
sorriso lindo, filha. – minha mãe se aproximou de nós.
- Mãe! – exclamei.
- Pelo menos ele é melhor do que
os outros que você teve... até o cabelo azul o deixa estiloso. – ela saiu e eu
fiz cara de confusa.
- Cabelo azul? – olhei para
debaixo do boné e era verdade ele tinha pintado o cabelo de azul. – Você pintou
o cabelo outra vez?
- Sim. – ele riu. – Eu pintei
quando voltei da escola, ficou meio desarrumado então estou de boné.
Eu rir junto com ele. Mais alguns
minutos se passaram e Taylor chegou. O jantar começou bem, meu pai ficou
fazendo perguntas que ele sempre fez para o Michael “Onde ele nasceu?” “Aqui
mesmo em Sydney”, “Então você saiu daqui?” “Sim, fui morar nos Estados Unidos
com a minha família”, “O que ele pretende fazer quando se formar?” “Eu vou dar aulas
de guitarra para pagar a faculdade” e muitas outras coisas. Meu pai me
surpreendeu com uma frase que nunca o ouvir dizer.
- Gostei de você garoto. –
arregalei os olhos e olhei sorrindo para Michael, o mesmo estava sorrindo para
meu pai.
- Muito obrigado, senhor Agnes. –
ele olhou para mim e piscou o olho me fazendo corar. – Agora, se não for
incomodo, eu queria também saber mais sobre a família e os amigos da Angie.
- Eu e o pai da Angie trabalhamos
como empresários, estamos sempre viajando e quase nunca temos tempo para ela. –
ela me olhou com um olhar triste junto com o meu pai. - Por isso que viemos
para a Austrália, para ficar mais perto dela, porque viajamos mais para a Ásia.
- A família do Sam é da Nova
Zelândia. – falei assim que percebi que ele não falaria nada. – Ele é
descendente de bruxos.
- Sério? Isso é muito legal Sam.
– Michael disse.
- É, mais isso é bobagem... esse
negocio não existe mais.
- Antigamente os bruxos eram mais
poderosos do que qualquer criatura do universo. – percebi Sam dar um sorriso de
canto. – E aposto que ainda existem. – olhei para Sam e vi os seus olhos
brilhando.
- Sam, nem pense nisso. – falei
para meu amigo, o que fez todo mundo que estava na mesa rir.
- Michael é melhor se preparar, a
Angelina pode ser santa mas ela pode ser super agressiva verbalmente e
fisicamente quando ela quer. – disse minha mãe ainda rindo.
- Isso me fez lembrar a TPM dela
ano passado. – Taylor disse e a mesma riu com o Sam.
- Angelina Agnes com TPM e ser
agressiva? Não consigo imaginar isso.
- É totalmente verdade, ano
passado na escola com a velha professora de sociologia. – todo mundo riu.
Flashback on:
Estava andando pelos corredores,
Sam e Taylor estavam um pouco afastados eles admitiram que ficam com medo de
mim quando estou de TPM. Estava ótima indo em direção ao meu armário quando ela
me chama.
Angelina! Angelina! – ouvi a voz
da minha antiga professora de sociologia vindo em minha direção o que me fez
revirar os olhos.
- Puta merda! – tentei me
esconder atrás da maquina de refrigerante, mas não deu certo, então me
aproximei dela de braços cruzados. – Oi senhora Collins, tudo bem? – “Ai meu
deus, para que fui perguntar?”.
- Que bom que perguntou, você
sabe que eu tenho um problema serio no estomago não é? – prendi meu cabelo em
um rabo de cavalo e suspirei fundo.
- Sim senhora Collins, a senhora
me contou a sal vida inteira.
- Você sabe que ele não deixa
soltar, não é? Ai eu tomava vários remédios para soltar.
- E ai?
- E ai soltou. – revirei os olhos
novamente.
- Nossa senhora, deve ter saído
fezes até da década de setenta.
- Agora eu não sei o que faço
para controlar essa situação. – ela arrumou seu casaco no ombro.
- Compra uma frauda geriática, o
que você acha?! – disse sem paciência e sai andando.
Flashback off:
- Eu não acredito que você falou
grossa com uma velhinha. – disse Sam rindo junto com os outros e eu estava
praticamente envergonhada.
- Ela realmente mete muito medo
quando está de TPM. – pronunciou meu pai.
- Eu não meto tanto medo assim. –
disse emburrada.
...
Não estava conseguindo dormir
muito bem. Sam e Taylor dormiam junto comigo em minha cama, eu me encontrava na
ponta esquerda da cama. Escutei o barulho de alguma coisa batendo na janela,
olhei para a mesma e tinha alguém jogando pedras nela. Levantei-me da cama e andei
até lá e abri. Vi um ser de cabelo azul, chamado Michael, com a mesma roupa que
estava usando no jantar e estava segurando algumas pedras assim que me viu
sorriu, e fez um gesto com a mão pedindo para descer. Fui até o guarda-roupa e
tirei de lá um short de malha, já que eu dormia só com um blusão da Batman todas
as noites, amarrei a parte de baixo para ela não ficar tão grande, sai do meu
quarto e desci as escadas sem fazer barulho para não acordar nem meus pais e
nem meus amigos.
Sai de casa indo em direção ao
garoto que estava parado perto de seu carro e que ainda não tirava aquele
enorme sorriso por nada.
- Eu pesava que você dormia de
camisola. – deu um sorriso de lado e com um olha malicioso, me fazendo revirar
os olhos. – Você realmente tem belas pernas.
- Ok. O que você está fazendo
aqui seu maluco? – perguntei me aproximando.
- Eu queria ficar mais tempo com você.
– ele encostou-se em seu carro e me olhou de novo e segurou a minha mão quando já
estava próxima dele
- Mas no jantar passei o tempo
todo com você.
- Mas não foi tempo o suficiente,
eu gosto muito de estar com você Angie. – sentir meu rosto esquentar muito o
que o fez sorri e por a mão em meu rosto.
- Você gosta de me deixar assim, não
é? – ele riu fraco e me puxou para perto dele colando as nossas testas.
- Assim como? – colocou as duas mãos
em minha nuca.
- De me deixar corada e
envergonhada.
Ele trocou as posições me
deixando prensada no carro, suas mãos ainda estavam em minha nuca e as minhas
em seus pulsos cheios de pulseiras. Ele mudou sua direção de olhar dos meus
olhos para os meus lábios.
- Talvez eu goste mesmo, anjinho.
– ele disse antes de puxar a minha nuca e me beijar.
Não precisava nem pedir passagem
da língua nós dois logo cedemos, o beijo era muito calmo e carinhoso, ele tirou
uma de suas mãos e colocou em minha cintura me puxando para mais perto dele. Coloquei
as minhas duas mãos atrás de suas orelhas perto da nuca e comecei a massagear
aquela parte, coisa que eu sempre faço quando gosto de um beijo ou quando realmente
amo uma pessoa.
Acho que se alguém me perguntar
se eu beijei o Michael porque gostei do beijo ou porque eu amo ele, eu diria
que era os dois. É estranho, conheço Michael há um mês, mas mesmo assim penso
que conheço ele há milênios, mesmo eu sentindo que é rápido de mais para isso
eu não quero parar. Por isso eu não quero falar isso para ele agora, e se ele não
sentir o mesmo?
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